Friday, April 14, 2006

FREAK & NICE ...

Sempre acreditei ser possivel um dia, navegar num orvalho primaveril em pleno mês de Outubro, que segundo os mais antigos, é de bem dizer-se; Abril águas mil ou sexta-feira, não comes espargos da frigideira !!! Já temos dinheiro para a PJ no mesmo dia que o governo decidiu acabar com as extraordinárias despesas de representação, praticadas pelos nossos queridos defensores da nação. Hoje foi também noticia em alguns canais da nossa televisão, o alegado estado de loucura total, de um sujeito que presumidamente andou aos tiros de caçadeira ali para os lados de Elvas, mas sempre com Badajoz à vista. Das reportagens apresentadas, retenho uma em que o jornalista está numa taberna da dita localidade a entrevistar alguém que por lá " petiscava ". Posso dizer-vos que foi um grande momento de televisão. Gostei particularmente dos dois " cromos " encostados ao balcão, agarrados às suas minis e assim que perceberam que estavam a ser filmados , zuca !!! Telemóvel em punho, a bela da chamadita para alguém conhecido dizendo certamente que estavam a passar na televisão. E assim vai o nosso país. Só me resta acreditar, como alguém dizia, que nunca sabemos tudo, nem nunca nos satisfazemos de tudo, sabem porquê ? Porque na nossa vida, também tem que haver espaço para um José Cid ou para uma Cidália Moreira. Bem, meus amigos, agora vou-me embora, vou partir, mas sem antes vos deixar este belo momento de reflexão, para que todos juntos possamos pensar e olhar para dentro de cada um de nós próprios, fazendo assim, o filme do que somos e o que queremos.
Rouxinóis de Linda-a-Velha
Vejo e retrato
deste quinto andar
colinas e mato
a torre da Nato
e as ondas do mar.

Defronte, Caxias
ao lado, o Jamor
cautela, não rias,
as noites são frias
não acordes a dor.

Criança que moras
no alto do monte,
eu sei porque choras
em dias sem horas
olhando a ponte.

Bem perto do rio
não longe do mar
tens fome, tens frio,
num mundo vazio
que não sabe amar.

É a luz dum farol
na noite a brilhar
desde o pôr do sol
canta um rouxinol
que chora a cantar.

Canta passarinho
teu hino de amor
não cantas sózinho
à beira dum ninho
no vale do jamor.

Lá no céu distante
sou teu companheiro
num voo errante
de míssil gigante
em longo cruzeiro.

Bang bang you're dead !

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