Bastardos do Cardeal

A aranha, quer casar, mas a sua mente, demente, vivia na temperatura tépida dos lençóis. Aquele que dava pelo estranho nome de Amor. Às vezes soltava-se e percorria pela mão dos adolescentes nas ruas desertas, sombras escuras e conspiradoras - soltou-se o Amor - alguém gritava. Era a Barbie versão hospedeira de 1938.
E vinha o vermelho e invadia o vermelho e assanhavam-se os gatos conscientes da invasão da sua noite solitária. Depois apagava-se a última luz da última janela e desaparecia o Amor na tépidez dos lençóis. Ficava a lua, ficava o luar azul a reflectir perigosamente nas lâminas ensaguentadas dos adolescentes que apenas pensavam em castanhas assadas. Bebiam Sonasol verde, porque o amarelo, simplesmente não prestava. Era a aranha que queria casar com a carochinha ...
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